“Cheias e secas têm causas além do agro”, afirma presidente da Faeac

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Em entrevista ao jornalista Ronan Matos, nesta segunda-feira, 17, o presidente da Federação da Agricultura do Estado do Acre (Faeac), Assuero Veronez, falou sobre as cheias do Rio Acre.

Assuero iniciou destacando que os ciclos de cheias e secas dos rios acreanos seguem uma sazonalidade histórica e não têm relação direta com as atividades agropecuárias. “Os ciclos de cheias ou secas dos rios acreanos obedecem sazonalidade histórica, sem relação direta com as atividades agropecuárias. A ocupação das margens dos rios representa a vida das populações ribeirinhas e a instalação das sedes e barracões dos grandes seringais. As atividades agropecuárias pouco ou nada interferem”, afirmou.

Ele também ressaltou o histórico das cheias e secas nos rios amazônicos, observando que os impactos negativos observados nos rios decorrem, principalmente, das aglomerações humanas. “Há todo um histórico de cheias e secas dos rios amazônicos. O impacto negativo que verificamos nos rios decorre das aglomerações humanas. Basta analisar, a montante e a jusante, as águas dos rios que cortam as cidades. São as cidades que destroem os rios que recebem todo o esgoto sanitário sem tratamento”, explicou Assuero.

Além disso, Assuero mencionou as ocupações urbanas e seus impactos, como o assoreamento dos cursos d’água. “Além disso, temos as ocupações urbanas que causam enormes impactos, especialmente o assoreamento dos cursos d’água”, disse.

Por fim, ele criticou a forma como o tema tem sido abordado politicamente. “Portanto, esse debate está desfocado da realidade. Lamentavelmente, a politização do tema atinge o alvo errado”, concluiu Assuero.

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