O agro brasileiro é sustentável: onde está a novidade?

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Durante a COP30, o Brasil teve a oportunidade de demonstrar na Agrizone, excelente inciativa da Embrapa e CNA/Senar, toda a sustentabilidade da agropecuária brasileira, em especial, frente aos demais países do globo. O Brasil produz alimentos e energia limpa em apenas 33% do território, possui as melhores práticas agrícolas, alcança alta produtividade por hectare, preservando os recursos naturais e hídricos nas propriedades. Além disso, gera 33% da energia limpa do país, com biomassa, etanol de cana e milho, biodiesel de soja e sebo bovino.

Não há novidade nisso, pois já estamos divulgando esses dados há anos. O que há de novo? A novidade foram os dados da Embrapa sobre uso e ocupação do território brasileiro que não só reafirmaram o que já sabíamos como cravou com dados o que a Aprosoja Brasil diz há anos. Ou seja, a produção de alimentos cresce em áreas de pastagens, áreas marginais, que ainda podem ser convertidas legalmente pelo Código Florestal e que não ameaçam nenhum bioma.

De acordo com os dados, 65,6% do território brasileiro encontram-se na forma de vegetação nativa protegida, preservada e conservada. Uma redução de 0,4%, na comparação com o número anterior (66%) compilado há anos. Entretanto a área dedicada à agricultura, que era de 7,8% no número atualizado em 2025, cresceu para 10,8%, ou seja, 3% de crescimento líquido. Ainda que exista alguma discussão sobre a metodologia, é inegável a solidez dos dados.

Isso tudo prova que, ao contrário das ONGs e dos países protecionistas que atuam para barrar a expansão do comércio brasileiro internacional, não estamos fazendo discursos vazios, mas falas pragmáticas e comprometidas com o nosso negócio, que é produzir alimentos com sustentabilidade. Em resumo, a narrativa de um desmatamento desenfreado e sem controle é terrorismo ambientalista.

Pelo contrário, os dados reforçam que o Código Florestal e as novas práticas por ele trazidas são robustas o suficiente para conduzir o Brasil a uma política racional compatibilizando a preservação ambiental e a produção de alimentos, fibras e biocombustíveis. E mais: que outro país tem isso? Há claros motivos para orgulho do que foi feito pelo parlamento e pela sociedade brasileira.

Recentemente, foi comunicado pelo parlamento europeu uma nova prorrogação da EUDR (Lei Antidesmatamento da União Europeia) que, assim como definições e metas das COPs, espelha muito mais um plano de boicote e contenção de países emergentes como o Brasil que tem no agronegócio seu setor estratégico, competitivo e motor de desenvolvimento nacional.

Assim como a Moratória da Soja, a EUDR quer definir uma data a partir da qual o país não poderá ter áreas novas convertidas para produzir alimentos, madeira e derivados, mesmo que legalmente, se quiser exportar para o bloco. A data limite seria 31 de dezembro de 2020. Tudo parte da mesma premissa da COP, que é mitigação das mudanças climáticas e redução das emissões de gases de efeito estufa

Porém, tudo o que apresentamos na COP30 prova que não existe nada de racional em impor ao Brasil metas de redução de desmatamento e emissões, se já temos 65% de preservação ambiental, 50% da matriz energética limpa e a agropecuária mais eficiente e sustentável do planeta.

E por isso mesmo, a Aprosoja Brasil se posiciona fortemente contrária à Moratória tanto quanto à EUDR. E vamos continuar defendendo a sustentabilidade da soja brasileira no Brasil e em âmbito internacional. Esse é o nosso compromisso com os produtores.

Todo esse discurso radical e desproporcional contra o Brasil caiu na COP. Enquanto outros países fazem planos e discursos, nós estamos provando na prática que é possível crescer e industrializar com um agro pujante.

 

Associação Brasileira dos Produtores de Soja



Fonte Assessoria Aprosoja

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