O Brasil adota o vazio sanitário em todas as principais regiões produtoras, com calendários específicos definidos por órgãos estaduais e fiscalizados pelo Ministério da Agricultura. A ação interrompe o ciclo do bicudo, impedindo sua sobrevivência durante o período de entressafra.
O período de vazio sanitário para a cultura do algodão, fase em que é proibido manter plantas vivas de algodoeiro para reduzir a praga bicudo‑do‑algodoeiro (Anthonomus grandis), já está em andamento ou se aproximando em vários estados brasileiros. O objetivo desse bloqueio temporário é garantir que a próxima safra comece com menor pressão da praga, menos perdas e produtividade mais estável.

Em Goiás, por exemplo, o estado divulgou que o vazio sanitário da Região 4 começa em 10 de novembro de 2025 e se estende até 20 de janeiro de 2026. Além disso, nas regiões 1 e 3 os períodos vão de 15 de setembro até 25 de novembro e de 10 de setembro até 19 de novembro, respectivamente. No Ceará, a medida tem início em 15 de outubro de 2025 e vai até 31 de dezembro no estado como um todo. Já em São Paulo, o contexto foi diferente: entre 1º de agosto e 30 de setembro de 2025 o estado cumpriu o vazio sanitário para o algodão.
Esses calendários variam significativamente de um estado para outro — tanto em início quanto em fim — e é fundamental que o produtor rural acompanhe o prazo específico da sua região. A não observância da regra, que inclui destruir plantas voluntárias, soqueiras e restos culturais, pode comprometer o ciclo da praga, elevar o custo de manejo e reduzir a rentabilidade da lavoura. Além disso, fiscalizações ocorrem em muitos estados para garantir o cumprimento da norma.
Fonte: Pensar Agro