O setor de máquinas e implementos agrícolas segue desacelerando. Em setembro, as vendas recuaram 21,3% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Considerando os nove primeiros meses de 2024, a queda é de 28,1%.
Conforme a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Implementos Agrícolas (ABIMAQ), o cenário reflete quatro fatores: juros altos, manutenção da área plantada no país, recuo nos preços das commodities e, por consequência, uma rentabilidade menor do agricultor.
“Soja e milho são os principais mercados de máquinas agrícolas, representam 60%. Mas o preço dessas commodities está bastante baixo e a rentabilidade também”, explicou Pedro Estevão, presidente da Câmara Setorial de Implementos e Máquinas Agrícolas da Abimaq em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 30.
Em relação à receita líquida total, há uma queda de 25,1% no acumulado do ano frente ao mesmo período de 2023. Em setembro, houve ainda uma redução de 7,5% ante o mês anterior e de 20,6% na comparação anual.
Olhando o desempenho por produtos, há resultados positivos nas vendas totais de colheitadeiras e tratores na variação mensal — alta de 78,3% e 26,3%, respectivamente. No entanto, os demais resultados são negativos.